quinta-feira, 25 de março de 2010

Paulo César Batista de Faria



 "Tinha eu 14 anos de idade quando meu pai me chamou
Perguntou-me se eu queria estudar filosofia, medicina ou engenharia
Tinha eu que ser doutor"

Graças ao nosso bom Deus, o mestre seguiu sua aspiração e com um violão tornou-se o sambista que o destino havia desenhado. E mesmo sem o devido valor que um sambista possui "nessa terra de doutores", tenho certeza que sendo um doutor Paulinho não teria o êxito, que tem com as palavras e melodias.

Paulinho da Viola é um ser abençoado. Filho de Benedito César Ramos de Faria, violonista do Conjunto Época de Ouro, em sua infância conviveu com músicos como Pixinguinha, Jacob do Bandolin e Canhoto da Paraíba. Foi batizado artisticamente por Zé Kéti, recebeu o primeiro "cachê" das mãos de ninguém menos do que Angenor de Oliveira, no Zicartola. Na Portela teve o samba "Memórias de um sargento de Milícias" campeão, além de ter criado a obra prima "Foi um rio que passou em minha vida", que tornou-se um verdadeiro hino da escola.
Sua obra musical, amplamente rica, trata do dia a dia do povo, dos sentimentos da humanidade, da filosofia, da beleza da mãe natureza, imprimindo nas palavras e melodias um poder de construir paisagens na mente de quem as ouve.
Paulinho da Viola é, sem sombra de dúvidas o maior sambista que possuímos no mundo daqui. Excepcional poeta, instrumentista incomparável, e ao cantar, não canta, declama as palavras com a suavidade de um cantor lírico. É uma verdadeira ponte entre o passado e o presente e por quê não dizer entre o presente e o futuro. Representante dos mestres do passado e detentor de uma maneira única e moderna de se fazer samba. Recriando formas sem jamais ter se deixado levar por novas marés, mantendo-se firme à musica verdadeira, com a qual sempre andou de braços dados.

Paulinho é presente, é passado e é futuro. É "pretérito perfeito", "presente do indicativo" e "futuro do presente".
Como ele mesmo diz: "Não vivo no passado, o passado vive em mim"
  












Um comentário:

Thales Ramos disse...

belo blog...parabéns...

Gostaria de convidá-lo para campanha "Que tal um sambista na presidência?", promovida pelo blog "O Samba é meu dom"(http://osamba.net/). Vote aqui http://osamba.net/2010/09/20/podcast-02-que-tal-um-sambista-na-presidencia/#comments


“O samba é meu companheiro, o samba é meu corpo inteiro, o samba é minha alegria se eu pudesse viveria a sambar noite e dia”. Assim é este conjunto formado em 15 de Novembro de 1997, por jovens com idade média de 25 anos, amigos de infância moradores da região de ITAQUERA (COHAB II) zona leste de São Paulo que cresceram com a influência da música em suas vidas, especificamente o Samba. Desde o início o conjunto passa por diversas evoluções, como o amadurecimento se seu repertório e musicalidade e também a mudança de nome (de Livre Expressão para Em Nome do Samba, criado por Tiago Trombini com a intenção de explicitar a linhagem musical do conjunto. Assim como na igreja estamos reunidos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, aqui estamos reunidos Em Nome do Samba).

Apesar da pouca idade dos componentes, o conjunto se mantém fiel ao verdadeiro Samba, inspirado nas grandes obras dos compositores da música popular brasileira, tendo em seu repertório músicas de Paulinho da Viola, Zé Kéti, Noel Rosa, Cartola, Nelson Cavaquinho, João Nogueira, Candeia, Wilson Batista, Geraldo Pereira, Nei Lopes, Ataufo Alves, Ismael Silva, Moreira da Silva, Chico Buarque, Adoniran Barbosa, Geraldo Filme, entre outros, além de composições próprias.







Vídeo Nosso Barracão

Homenagem a Noel Rosa - Fita Amarela

Homenagem a Noel Rosa - Filosofia

Video: O Samba é...

Mural de Recados

Arquivo Em Nome do Samba