“A gente nasce, a gente cresce, a gente quer amar
Mulher que nega, nega o que não é para negar
A gente pega, a gente entrega a gente quer morrer
Ninguém tem nada de bom sem sofer”
(Trecho de Formosa – Vinicius de Moraes e Baden Powell)
Em 19 de outubro de 1913, junto com o temporal que varria a madrugada, chegava ao mundo Marcus Vinitius Cruz e Mello Moraes. Isso mesmo: Marcus Vinitius Cruz e Mello Moraes (nome que seria modificado pelo próprio, aos nove anos de idade).
Vinicius de Moraes foi muitos. Tivesse sido um só e seria, como disse Sergio Porto (o Stanislaw Ponte Preta), apenas Vinicio de Moral. Foi poeta, diplomata, letrista e pedra filosofal da Bossa Nova, crítico de cinema, dramaturgo eventual, cidadão do mundo. Poeta essencialmente lírico, o poetinha (como ficou conhecido) notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador. O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida.
Vinicius era movido por paixões e quando o fogo da paixão não mais ardia, deixava as portas do peito abertas, para que pudesse entrar um novo amor. E trágico, transcendental, materialista, cínico, divertidíssimo, boêmio e apaixonado por multidões de mulheres, inclusive as feiinhas, para quem pedia afeto e piedade. De manhã escurecia, de noite ardia.
Na madrugada de 9 de julho de 1980, Vinicius nos deixou e partindo nos deixou a sua vasta obra, na literatura, no teatro, no cinema e principalmente na música.
– Dizem, na minha família, que eu cantei antes de falar. E havia uma cançãozinha que eu repetia e que tinha um leve tema de sons. Fui criado no mundo da música, minha mãe e minha avó tocavam piano, eu me lembro de como me machucavam aquelas valsas antigas.
– Meu pai também tocava violão, cresci ouvindo música. Depois a poesia fez o resto. (Entrevista a Clarice Lispector)
Inebriados pela magia da obra de Vinicius, participaremos da Homenagem ao poeta, no C.E.M – Clube Etílico Musical (Bar da Meirinha). Neste Domingo (27). À Partir das 19 hs.
O Clube Etílico musical fica na Rua Fradique Coutinho, 1.048 – Vila Madalena.