terça-feira, 8 de setembro de 2009

F.I.M. - Festival Informal de Marchinhas do C.E.M – Troféu Noel Rosa.









- Vamos nessa?
Espantei-me com a indagação do Maikel.
- Compor uma Marchinha?
Perguntei pra ver se não estava enganado.
- É isso aí!
Confirmou o parceiro.
Ainda confuso, concordei com a idéia. - É isso aí, vamos compor uma marchinha pro Festival.


Foi assim o começo da nossa aventura no primeiro Festival de Marchinhas do C.E.M., que por sinal teve um “pequeno empurrão” da Meirinha que disse que se o Maikel não fizesse uma marchinha não pisaria mais no Bar. (Ainda bem que ele acreditou).

Dias depois estava lá o Maikel:
- Já está quase pronta, vamos terminar?
Na correria, acabamos não nos encontrando e com o prazo de inscrição se aproximando o Maikel com as suas “explosões de idéias” acabou finalizando a obra.
O tema levemente contestador, aponta para o carnaval que “quase” não se vê mais. Aquela coisa de sair pelas ruas, alegre a cantar com confete e serpentina. As máscaras, os blocos, o trenzinho, a suave simplicidade de ser o Rei da alegria.

O título foi “Onde vai dar”, posteriormente modificado para “Quem vai me dar”, para entrar no clima do inocente duplo sentido, muito característico das marchinhas, nos anos 30. 40 e 50.
Daí pra frente foi “só alegria”, nos ensaios e apresentações com o Em Nome do Samba.
O Festival teve mais de trinta compositores selecionados, totalizando mais de quarenta marchinhas, que seriam divididas em quatro eliminatórias, restando doze para a final.

Quem vai me dar, foi classificada para a final, concorrendo com as seguintes marchinhas:

 
  • Palhaço Benjamim - Haroldo Oliveira
  • Quem vai me dar - Maikel
  • Bexiga amore mio -Aldo Bueno
  • Muuuuuuuu - Robson
  • Adote um espelho - Lu Tomé
  • Quando o carnaval chegar -Alegria dos Koroas
  • Are Baba - Mário Cervi
  • Lourival - Caio e Dudu Vila Maria
  • Pitombeira e Elefante - Armandinho
  • Zé Pelado - Robson
  • Coitado do Pedro -Marcelinho Canhoto, Teago e Renan
  • O Sarna - Cecília


Os temas eram variados, falavam de política, cotidiano, amores e atualidades. A qualidade das classificadas deve ter dado um pouquinho de dor de cabeça nos jurados. Amém! Ainda bem!

Três seriam eleitas pelo júri e outras três por voto popular.

Só a festa já estava valendo a pena e com sinceridade não tínhamos pretensão de ficar entre as premiadas. Porém para a nossa alegria completa, “Quem vai me dar” foi classificada em segundo lugar pelo júri popular.

Sorte de principiante? Talvez. Mas o mais importante foi a mensagem que a marchinha deixou e a festa que foi um verdadeiro carnaval fora de época.









“O samba é meu companheiro, o samba é meu corpo inteiro, o samba é minha alegria se eu pudesse viveria a sambar noite e dia”. Assim é este conjunto formado em 15 de Novembro de 1997, por jovens com idade média de 25 anos, amigos de infância moradores da região de ITAQUERA (COHAB II) zona leste de São Paulo que cresceram com a influência da música em suas vidas, especificamente o Samba. Desde o início o conjunto passa por diversas evoluções, como o amadurecimento se seu repertório e musicalidade e também a mudança de nome (de Livre Expressão para Em Nome do Samba, criado por Tiago Trombini com a intenção de explicitar a linhagem musical do conjunto. Assim como na igreja estamos reunidos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, aqui estamos reunidos Em Nome do Samba).

Apesar da pouca idade dos componentes, o conjunto se mantém fiel ao verdadeiro Samba, inspirado nas grandes obras dos compositores da música popular brasileira, tendo em seu repertório músicas de Paulinho da Viola, Zé Kéti, Noel Rosa, Cartola, Nelson Cavaquinho, João Nogueira, Candeia, Wilson Batista, Geraldo Pereira, Nei Lopes, Ataufo Alves, Ismael Silva, Moreira da Silva, Chico Buarque, Adoniran Barbosa, Geraldo Filme, entre outros, além de composições próprias.







Vídeo Nosso Barracão

Homenagem a Noel Rosa - Fita Amarela

Homenagem a Noel Rosa - Filosofia

Video: O Samba é...

Mural de Recados

Arquivo Em Nome do Samba